segunda-feira, 14 de dezembro de 2009


Semiologia da Vertigem


Tontura e outras sensações de desequilíbrio estão entre os sintomas mais comuns da clínica médica. O termo tontura é aplicado pelo paciente a um grande número de experiências sensoriais diferentes, como sensação de rodopio, de escurecimento da visão, de rotação, de desmaio, de irrealidade, de borramento visual etc. Portanto é essencial o questionamento a respeito do que o paciente chama de tontura.


Tontura e vertigem confundem-se frequentemente, em virtude da dificuldade de definição dos sintomas. Vertigem pode ser definida como uma sensação de movimento giratório, que pode ser subjetivo ou objetivo. Na objetiva, o paciente tem uma ilusão de que os objetos estão girando em torno de si e na subjetiva, tem a sensação de ele próprio estar girando em torno dos objetos (do meio). Já na tontura, esta sensação rotatória não é tão marcante, predomina a percepção de instabilidade do equilíbrio e a insegurança durante a marcha.

O estudo da vertigem deve começar pela história do paciente. A história clínica é a parte central do exame semiológico, pois pode nos fornecer pistas tanto para a provável etiologia, como também para nos informar a localização do comprometimento. O médico deve atentar para a idade do paciente e para o sexo, em função de diferenciar a etiologia. A história pessoal, antecedentes familiares e hábitos e costumes são essências para diagnóstico.

Um outro ponto relevante, é a investigação de sintomas associados. A vertigem é o sintoma principal das síndromes vestibulares, porém ela pode vir acompanhada por sinais espontâneos (nistagmo, desvio dos braços estendidos, alterações do equilíbrio estático e dinâmico) e sinais provocados (observados nas provas instrumentais). Além disso, zumbidos, hipoacusia e sitomas neurovegetativos, como náuseas e vômitos, também podem estar presentes.

O exame físico pode iniciar com uma otoscopia, dependendo da disponibilidade de instrumentais; cerúmen e otites supuradas podem ser causa de tonturas, hipoacusias e zumbidos. Não se deve esquecer da avaliação dos pares cranianos, pois alterações do outros pares, além do VIII, como o do VII e o V podem ser causados pelo neurinoma do acústico.

O exame do equilíbrio é um dos pontos fundamentais da avaliação clínica. Deve-se pesquisar o equilíbrio estático e dinâmico. O primeiro pode ser avaliado através do Teste de Romberg e Romberg sensibilizado. Já o segundo, através da prova de marcha, Testes de Fukuda e de Unterberger, os quais já nos permitem dizer se a patologia é periférica ou central. Os testes de coordenação (função cerebelar) também devem ser realizados, os quais são: teste de índex-index, de índex-nariz e diadococinesia. Estes também permitem distinguir um envolvimento periférico ou central.

Por fim, não se deve esquecer da pesquisa do nistagmo (fisiológico, de direção ou semi-espontâneo), e da propedêutica audiológica, através dos testes de Rinne e Weber.

É preciso lembrar que nas crianças deve-se suspeitar de patologia labiríntica, diante do atraso na deambulação, de baixo aproveitamento escolar, presença de nistagmos ocasionais e cinetos. E que nos adultos, a maioria das patologias labirínticas não são benignas, merecendo, portanto, um diagnóstico correto. Assim sendo, todo doente com vertigens deve ser encaminhado para uma avaliação otoneurológica.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Artista mostra a anatomia do Wii


A artista Angela Moramarco publicou em seu perfil, no site Coroflot, imagens nomeadas com a tag "Wii-habilitation", que mostra a anatomia do console da Nintendo e seu Wii Remote como se fossem seres vivos, com cérebro, coração, músculos, ossos...

As imagens trazem explicações como "O Wii vem sendo usado por pacientes para reabilitação física, para fortalecer ossos e músculos". No rodapé das imagens, há o endereço anatowii.com, que ainda não foi inaugurado. A pequena coleção impressiona e vale a visita. Confira abaixo duas das imagens do site.